10/10/19

Esta noite é nossa...

Com uma pequena mala, ambos se dirigem à residencial onde iriam passar a noite. Nada mais era necessário senão a presença um do outro. Enquanto ele retirava o que iriam vestir nessa noite, de somenos importância pois acabavam sempre da mesma forma… nus, ela dirigiu-se à casa de banho.

Pelo vidro martelado, ele via a água a deslizar pelo seu corpo. Ela tinha as mãos no cabelo, colocando o peito em evidência.

Abriu a porta do chuveiro lentamente. Enlaçou-a nos seus braços. Ela não contava com ele ali pois tinha os olhos fechados sentindo o calor da água no cabelo, no peito e o champô indo em direção ao vértice das suas pernas. Os corpos juntaram-se. Os lábios tocaram-se repetidas vezes. O cabelo molhado sobre os seus ombros, desenhava as curvas do seu rosto.

Os olhos brilhavam e, com a água a correr, fizeram amor. Um amor profundo, um amor de quem ama e não de um amor passageiro, como se aqueles meses que passaram desde que se conheceram pela primeira vez, de nada valessem.

Cansados mas não extenuados, dirigiram-se para a cama. E, nessa noite, voltaram a fazer amor como se não houvesse amanhã.

09/08/19

Amar de verdade é...

Amar, é o que a pessoa representa na sua totalidade e não parcialmente.

Amar, é o que essa pessoa pode dar: o seu amor incondicional.

Amar, é ver nos seus olhos centelhas luminosas de duas estrelas que brilham como os dele(a).

Amar, é entrega sem outro pensamento que não seja... viver o momento.

Amar, é amar quem nos ama. Sentir o prazer do amor é uma dádiva que não se pode desperdiçar.

Amar é o mais importante, tudo o resto é irrelevante.

Amar, é dar tudo sem nada pedir.

Se os olhos choram de saudade, é porque têm saudade da pessoa que ama. Quem não tem saudade, quem não chora, não ama, são devaneios e nada mais.


01/08/19

O primeiro beijo

As palavras são demais para definir o que se passou entre eles. O amor e carinho foram muito importantes para sentirem que para além do que os separa, havia muito que os aproxima, e isso viram nos olhos, no calor dos lábios, no afagar das mãos, no encontro dos peitos, no abraçar como pedindo que o mesmo fosse eterno, e isso era o amor que os unia.

O receio inicial, o de pensar que no primeiro encontro se dariam dois beijos na face, quando o que desejavam era um beijo nos lábios. E isso aconteceu. O dar a mão e o seguirem juntos, era como se conhecessem desde sempre.

Sentaram e abraçaram-se indiferentes a quem lá estava, a quem por lá passava, unidos no mesmo desejo.

Os olhos dela, eram vaga-lumes perscrutando os olhos dele como querendo ver o seu interior. As suas bocas uniam-se vezes sem fim. As línguas envolviam-se num maravilhoso compasso. As mãos no regaço, com as dele entre elas, moviam-se suavemente. Ele mexia no seu cabelo, como se o afagar tivesse o condão de o prender, de não o largar mais, até que as suas bocas se voltassem a unir.

O tempo parou. Estiveram ali como se o tempo não existisse mas, o tempo, infelizmente, existe e tinha chegado a altura de se separarem. Foi devagar que o fizeram, aproveitando o tempo restante, como se não houvesse passado, como se não houvesse futuro, apenas o momento.

Foi numa manhã linda. Uma manhã que foi o início do que já vinham desejando há muito e agora realizado. Nessa manhã, deram o seu primeiro beijo, num banco de jardim.

02/07/19

Palavras Sussurradas

Ele percorre aquela serra onde ao longe se ouve o mar. O céu, carregado, traz uma certa melancolia ao lugar. Olha o horizonte onde as nuvens se misturam com as águas numa amálgama de cinzentos como se o mundo começasse e acabasse ali.

Segue pelo piso escorregadio e, de repente, uma figura de mulher se lhe atravessa no caminho. Olha para aquele rosto e um sorriso surge como iluminando o dia. O seu coração bate com força. Saído de uma relação que lhe destroçou e fazendo isso parte de um passado já longínquo, não estava a fim de ter nova paixão.

No entanto, algo lhe dizia que não seria fácil esquecer aquele sorriso. Os olhos que viu eram estrelas, parecendo que o céu tinha descido à terra. Ela não se apercebe da atrapalhação dele quando começaram a conversar. Seguiram o mesmo percurso até que se separaram. Ela ficou e ele esperando que ela viesse, seguiu o caminho, alvoraçado, sempre olhando para trás. Não sabia a razão porque gostara tanto daquela mulher quando a viu. Mas o que não tem explicação explicado está. O destino tem destas coisas.

Deita-se. Os olhos vão-se fechando lentamente. Uma figura surge no seu sonho, é ela. Como se não houvesse espaço a separá-los, vê-a junto a si. Os seus olhos fitam-se como sempre se tivessem visto. O cabelo cai-lhe sobre o rosto. Linda! As suas mãos cruzam-se, os lábios aproximam-se e tocam-se num beijo apaixonado. A mão dele percorre o seu corpo, retirando peça a peça a roupa que a encobre. A sua pele vai arrepiando a cada passagem. Pousa a mão nos seus seios, sente a rigidez dos seus mamilos e beija-os sentindo o arfar do seu peito. Sussurra-lhe ao ouvido palavras de amor. O corpo estremece.

Beija-lhe os cabelos, os olhos, os lábios e vai descendo até sentir a humidade do seu sexo. Ela enlaça-o, ambos procuram saciar o desejo. Ele sussurra: "Sinto o teu prazer e gosto que faças amor comigo. Sinto o teu cheiro e fico inebriado. Vem amor, és toda minha e eu sou todo teu, tu estás em mim e eu estou em ti".

Os corpos explodem de prazer em sintonia perfeita.

Fitam-se e, abraçados, adormecem profundamente.