Quando te vi
cofiei a minha rala barba
recordando sonhos do passado
quando a roçava no teu corpo
e um frémito te percorria
como se nada mais houvesse
senão nós dois unidos
no prazer da carne.
Quando te vi
lembrei-me que de nada serviu
todas essas entregas,
da barba mal feita
da força dos sentidos
do amor nas giestas.
Quando te vi
tu já não existias
eras miragem
das noites de luar
de um tempo que se foi.
Agora que não te vejo
de ti só me restam…
pequenos detalhes!