Se alguém te oferecesse flores, dirias: «É Impulse», mas não era esse o caso. Debruçado sobre a mesa com ramos de flores, um homem repetia: «Quer frôr?».
Ele olhou em volta, sem entender o motivo daquela pergunta, pois estava sozinho. No entanto, a personagem não se afastava da sua mesa, insistindo na sua ladainha: «Quer frôr?».
Ele fixou o olhar no homem à sua frente, sem o enxergar. Os contornos de um corpo surgiram na sua mente. Um corpo de mulher.
As suas mãos acariciaram-lhe o corpo, perdendo-se em cada curva do seu rosto, do seu peito, das suas axilas, do seu vértice.
Demoradamente, reteve cada pedaço daquele momento. A luz suave das lamparinas refletia-lhe um corpo maduro, mas viçoso. A cada toque seu, um murmúrio de prazer, um suave tremor, um querer sexual, mas sem pressa, como se cada toque fosse o último, como se o exalar de desejo fosse único, como se nunca tivesse amado assim.
As suas pernas, semi-fletidas, ocultavam a essência do sexo, tornando misteriosos os caminhos que a cada momento se iam descobrindo, como se o desbravar tivesse os seus custos, a sua persistência em tons de azul, como se o céu estivesse ali tão perto e tão longe.
Suavemente, os corpos entregaram-se ao amor, amor em sexo, sexo em amor. Olhos fitavam olhos, corpos em perfeita sintonia, os lábios tocavam-se, não em sofreguidão, mas com leveza.
- Quer frôr?
A essa pergunta, ele voltou àquela mesa onde se encontrava. O torpor do momento, da lembrança, extinguiu-se lentamente à pergunta que lhe era feita:
- Quer frôr?
Ele pegou numa flor, como se naquele instante voltasse a colocar uma flor na mão daquela mulher que ficou deitada na cama com os olhos semicerrados, enquanto ele descia as escadas ao encontro da noite.
Ele olhou em volta, sem entender o motivo daquela pergunta, pois estava sozinho. No entanto, a personagem não se afastava da sua mesa, insistindo na sua ladainha: «Quer frôr?».
Ele fixou o olhar no homem à sua frente, sem o enxergar. Os contornos de um corpo surgiram na sua mente. Um corpo de mulher.
As suas mãos acariciaram-lhe o corpo, perdendo-se em cada curva do seu rosto, do seu peito, das suas axilas, do seu vértice.
Demoradamente, reteve cada pedaço daquele momento. A luz suave das lamparinas refletia-lhe um corpo maduro, mas viçoso. A cada toque seu, um murmúrio de prazer, um suave tremor, um querer sexual, mas sem pressa, como se cada toque fosse o último, como se o exalar de desejo fosse único, como se nunca tivesse amado assim.
As suas pernas, semi-fletidas, ocultavam a essência do sexo, tornando misteriosos os caminhos que a cada momento se iam descobrindo, como se o desbravar tivesse os seus custos, a sua persistência em tons de azul, como se o céu estivesse ali tão perto e tão longe.
Suavemente, os corpos entregaram-se ao amor, amor em sexo, sexo em amor. Olhos fitavam olhos, corpos em perfeita sintonia, os lábios tocavam-se, não em sofreguidão, mas com leveza.
- Quer frôr?
A essa pergunta, ele voltou àquela mesa onde se encontrava. O torpor do momento, da lembrança, extinguiu-se lentamente à pergunta que lhe era feita:
- Quer frôr?
Ele pegou numa flor, como se naquele instante voltasse a colocar uma flor na mão daquela mulher que ficou deitada na cama com os olhos semicerrados, enquanto ele descia as escadas ao encontro da noite.